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quinta-feira, 13 de novembro de 2008

O CADÁVER

Há tempos que não sentia a brisa.
Meus olhos estão abertos,
Por perto vejo meu caixão aos pedaços.
Reluzindo o brilho da lua.
Estou com medo de me erguer,
Não sei se vou suportar esta massa pútrida,
Que em minhas narinas repugna-me desproporcionadamente.
O que tenho a perder?
Levanto-me,
Mas minha coluna se parte,
Meu tronco fica ereto,
Apoiado por meus braços.
Mas minha cabeça despenca sobre o apoio que também desmorona.
Por fim,
Aqui estou a contemplar o cheiro escroto dos vermes de minha existência

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©2007 '' Por Elke di Barros