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quinta-feira, 24 de junho de 2010

Esses 3 posts abaixo foram escrito por
um grande amigo e um grande poeta chamado
Felipe mas conhecido como Vilkolakis Suicidal Tendencies.
foi um grande prazer poder postar seus poemas aqui no meu blog.

quarta-feira, 23 de junho de 2010


Individual

Eu ando assim

Sem eira nem beira

Sozinho no abandono
Feito um bicho ruim

Um nomade
Um cigano

Navego igual a um navio fantasma
Vivo que nem um bicho do mato

Anti-sociavel
Sempre o outro
O diferente

Em um mundo par
Onde tudo e todos são pares
Permaneço impar

A mais pura verdade seja dita
Gosto de ser assim

Solidão e frio
Não tem me feito mal
Tanto quanto me fazem as relações humanas

Gosto da companhia das estradas
Gosto de ficar sozinho na praia
Dividindo o mar e as ondas com minha prancha e meu remo

Gosto de andar sozinho
Pelas ruas da cidade com meu skate
Não é atoa que lhes dou nome de gente

Amo as aventuras
Os desafios
A adrenalina

Aprendo coisas que não sabia
Sou capaz de fazer certas coisas que não tinha a capacidade de fazer
Não tenho quase nada mas conquistei algumas coisas importantes para mim

Não sou mais do que um gão de poeira
Mas dentro de mim cabe todo um universo

Humildemente reconheço meus incontaveis erros
Meus defeitos e minha ignorancia
Peço perdão a meu criador pela minha imperfeição

Que todo o universo me perdoe por não saber como interagir da forma correta
Por minha vez agradeço a todo o universo, a tudo e a todos

Agradeço áqueles que me fazem mal
Pois é graças a eles que aprendi a nobre lição
Que o segredo da vida é mastigar espinhos e cuspir rosas


Autoria de: Vilkolakis Suicidal Tendencies

Beleza e Tristeza

Para alguns as rosas , para outros os espinhos
Ninguem nunca disse que a vida seria justa
Mas cada um sabe dentro de si como agir da forma certa

Todos gostam tanto dos dias quentes e ensolarados
Mas nós preferimos andar sob a fina garoa dos dias gelados
Eles riem como a hienas, mas nós conheçemos a sabedoria das lágrimas

Enquanto eles andam a cata de aplausos
E buscam a ilusória companhia do barulho
Humildemente encontramos um companheiro que nunca trai : O Silencio

Aqueles que não enxergam buscam desesperados o efemero colorido do mundo
Mas há quem prefira o realismo do preto e a serenidade do branco
Perseguir a felicidade é abaixar a guarda para a tristeza

Não preferimos nem uma nem outra
Que venham ambas e que passem ambas
Comovente transitoriedade das coisas

Como flores no lixo
E moscas sobre o sangue
Indiferente a superficie repousa a resposta na profundidade

Não cultivo a tristeza
Nem tento colher a felicidade
Não desejo : Vivo

Todos caminhamos sobre a mesma terra e por ela todos seremos absorvidos
Mas nem todos enxergam o mesmo céu e as mesmas estrelas
O sentido da vida é o sentido que damos a ela

Os mesmos erros cometemos ano após ano
A mesma historia vem sendo interpretada por novos atores
E o mundo não muda, quem muda somos nós

Que cada alma encontre o destino que lhe foi reservado
Que cada qual continue com seus sonhos de consumo
Poucos continuam no mundo mas não se entregam a ele

A cobiça os entreterá
Até que descam aos sepulcros
A cobiça os entreterá até que descam aos sepulcros


Autoria de: Vilkolakis Suicidal Tendencies

ode ás águas de são paulo (ou o canto da raposa)

Uma mão á testa em ligeira reverencia
Sobre o balcão da padaria como imagem no altar
Uma irreverente garrafa de cerveja

A mente tranqüila como céu de inverno
Sentimentos fazem barulho como a queda da cachoeira
Mas a água da poça não molha a lua que reflete

Da vida a melhor ocupação
Tirar sarro de tudo e nada levar a sério
O bom humor pode encher o estomago

Ser humano
Um animal com personalidade
Ingrato por natureza

Nada de sagrado
de profano
Atear fogo no paraíso e apagar as chamas do inferno

Desejos e sentimentos
Apetites e paixões Arsenal de feitiços da raposa

Ao som do vinho
E o sabor da musica
Minha mente dança como louca

Surge o lobo
E come a raposa
Obrigado senhor lobo

Me agarro a cauda do lobo
Sem medo que me morda
Apenas não quero que escapes

Me mate e aniquile
Faz de mim alimento a teus filhotes como agradecimento
Por me livrar dos encantos da raposa

Como bonecos de teatro bunrako
Sou manipulado a bel prazer
Pelos caprichos do destino

Minha mente vaga como as nuvens
Flexível como um gato
entro e saio por entre dias e

Agora desejos e paixões
Encontram dentro de mim
Apenas um cemitério abandonado

E o mundo me parece
Uma velha bruxa sem dentes
A sorrir pela morte de seus maridos

Meu estomago é meio vazio
Mas meus músculos florescem sob o sol do trabalho
Meus ossos aos poucos se fortalecem

Polindo minha alma
Afiando minha mente
Um sabre veloz como um raio corta o vento

Mesmo entre os montes de concreto da cidade
Por entre o entulho surgem bons sentimentos
E
m
algum quintal desabrocha um pessegueiro

autoria de: Vilkolakis Suicidal Tendencies
 
©2007 '' Por Elke di Barros